Os últimos acontecimentos envolvendo o empresário religioso Silas Malafaia mostram que seu império está em declínio. Apesar de suas constantes manifestações e apoiadores fiéis, Malafaia enfrenta crescentes derrotas políticas, jurídicas e de credibilidade.
No início de julho, um áudio vazado na internet revelou Malafaia aconselhando outro pastor sobre como "entregar a igreja" e abrir outra, com dicas mais voltadas para negócios do que para a fé. O vazamento gerou alvoroço nas redes sociais, e muitos expressaram decepção com o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).
Em 30 de junho, Silas Malafaia sofreu outra derrota jurídica, com um recurso negado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Ele foi condenado a pagar R$ 15 mil à jornalista Vera Magalhães por difamação durante a campanha de 2022. A decisão ainda cabe recurso, mas aumenta a lista de problemas judiciais do pastor.
A mudança na liderança da Frente Parlamentar Evangélica também é um golpe para Malafaia. A direção do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) é mais dialogal com o governo, em contraste com a gestão anterior, mais alinhada ao bolsonarismo e ao porta-voz de Malafaia no Congresso, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Recentemente, Malafaia direcionou sua artilharia para a vereadora Aava Santiago (PSDB-GO), que sugeriu a Lula que priorize o contato com pastores de igrejas menores e periféricas, em vez de líderes como Malafaia, Edir Macedo e Valdomiro Santiago. Em resposta, Malafaia atacou Aava em entrevista à revista Veja, reforçando seu desejo de ser o grande porta-voz dos evangélicos no Brasil.
Em um podcast recente, Malafaia continuou a destilar seu ódio, criticando Alexandre de Moraes e o influenciador Felipe Neto, repetindo acusações e ameaçando processar qualquer um que o contrariasse. No entanto, ele nunca processou o pastor Caio Fábio, que há anos o acusa de receber dinheiro de Edir Macedo para atacá-lo.
Os dias de glória de Malafaia parecem estar contados. Suas brigas recentes com Pablo Marçal e Tarcísio de Freitas, em defesa de Bolsonaro, mostram que ele está cada vez mais isolado e perdendo força, poder e dinheiro.
