Francesca Albanese recomendou na quarta-feira à Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) que considere a suspensão das credenciais do regime de Tel Aviv como membro das Nações Unidas (ONU), até que pare de violar as leis internacionais e retire a ocupação, que descreveu como “claramente ilegal”.
“Acredito que a impunidade concedida a Israel permitiu que ele se tornasse um violador em série do direito internacional”, disse Albanese em entrevista coletiva.
A existência da ocupação ilegal israelense causou décadas de segregação e deslocamento dos palestinianos, alertou e sublinhou que o regime sionista não tem o direito de permanecer no território palestino ocupado.
Lembrou que o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) ordenou ao regime sionista que retirasse, “incondicionalmente, completamente e o mais rapidamente possível”, a sua presença militar naquela área.
Albanese divulgou um relatório no início desta semana acusando Israel de uma campanha sistemática de deslocamento forçado, destruição e atos de genocídio contra os palestinos em Gaza e na Cisjordânia.
“Os palestinos, exaustos pelos ataques incessantes aos seus corpos e almas, são abandonados aos seus torturadores”, denunciou Albanese, numa denúncia franca da situação insustentável da população de Gaza.
Depois de mais de um ano de guerra, o número de vítimas na Faixa de Gaza sobe para mais de 43.163 pessoas. Entretanto, os dados revelam a existência de mais de 100.000 feridos e uma catástrofe humanitária na Faixa sitiada devido ao bloqueio israelita que impede a entrada de alimentos, medicamentos e todo o tipo de abastecimentos vitais.