Na tarde desta segunda-feira (21), aconteceu a inauguração da nova sede da Casa de Farinha de Bocaiuva, Jatobá e de Polpas de Frutas, denominada “Fernando Luiz Alves Ribeiro” (Tico Ribeiro).
Com o apoio da Prefeitura de Aquidauana, na gestão do prefeito Odilon Ribeiro, desde 2018, o projeto criado pelo senhor Lourival Silva Santos, vem se estruturando e ampliando em Aquidauana.
Agora, o projeto passa a ter um novo local, mais amplo e arejado, com o intuito de que seja desenvolvido, atendendo as normas técnicas de higiene e produção, e com supervisão da vigilância sanitária.
Na inauguração, Lourival Santos contou que há muitos anos tinha o sonho de ter um espaço para trabalhar com a bocaiuva, compartilhou o sonho com o saudoso prefeito Tico Ribeiro e, ao longo dos anos, vem trabalhando sem desistir desse sonho. “Só tenho que agradecer por esse espaço, agradecer a todos que acreditaram no projeto, principalmente, ao prefeito Odilon, à secretária Marluce e toda a equipe da prefeitura que nos ajudou aqui. Este local é um sonho realizado, vamos gerar emprego e renda, este é o nosso objetivo. Não vou decepcionar vocês!”, afirmou o Sr. Louviral Santos.
O prefeito Odilon Ribeiro, acompanhado da primeira-dama Maria Eliza, secretários municipais, imprensa local e convidados, participou da inauguração e visitação ao novo espaço do projeto. Na cerimônia, todos puderam degustar bolos, pudim, biscoitos e pão feitos com a farinha da bocaiuva, além de sucos com as polpas fabricadas no projeto.
“Lourival você consegue enxergar com o coração, você acredita na cidade, no alimento saudável, no fruto da nossa terra. Esse seu trabalho agrega valor desde ao homem do campo, a quem colhe os frutos, até aqui no comércio e no artesanato local. Você é um lutador e não poderíamos deixar de apoiar esse projeto que é tão bonito. Parabéns!”, finalizou o prefeito.
Dentre os presentes, participaram do evento, os secretários municipais Ernandes Peixoto (Finanças), Marluce Garcia (Administração), Paula Polini (Produção), Josilene Rodrigues (Assistência Social), Wilsandra Béda (Educação), Neyva Brum (Gabinete), Flávio Gomes Filho (Trânsito) e Rosy Ribeiro (Comunicação), Selma Suleiman (diretora-executiva do Gabinete), Alex Mello (assessor especial), Vinicius Brito (presidente da OAB de Aquidauana), integrantes da Rede Feminina de Combate ao Câncer e produtores da agricultura familiar que trabalham também com a bocaiuva.
SERVIÇO - A Casa da de Farinha de Bocaiuva, Jatobá e de Polpas de Frutas recém-inaugurada localiza-se na Rua XV de Agosto esquina com a Rua José Bonifácio.
BREVE HISTÓRIA DO PROJETO
O projeto de beneficiamento da bocaiuva teve início no ano de 2005 com o Sr. Louviral Silva Santos, funcionou por vários anos na Praça dos Estudantes, onde funcionava a Casa do Artesão. A matéria-prima é oriunda da Lagoa Comprida, bem como, coletadas em Anastácio e nas aldeias indígenas de Aquidauana.
Com o passar dos anos, Sr. Louviral conseguiu apoio para capacitação na produção e extração para fabricação de farinha de bocaiuva e de jatobá, em parceria com a UFMS/Campo Grande, ministrada pelo Prof. Dr. Flávio Aristone.
Com a venda dos produtos e o crescimento da demanda, Sr. Lourival investiu seu dinheiro e comprou 01 máquina desidratadora, 01 máquina despolpadora de frutas e 01 máquina seladora, que facilitaram a produção e trabalho com os frutos da bocaiuva, do jatobá e de outras frutas da nossa região.
Em 2018, houve uma grande feira de produtores das pessoas com deficiência em Campo Grande, em que a equipe da casa da bocaiuva participou. Com a visibilidade do projeto, ao longo desses últimos anos, foram surgindo alguns parceiros, entre eles, o engenheiro agrônomo Gilmar Coutinho - apoio técnico, e enfermeira Magda Zaia - auxilia na produção e na gastronomia; e o professor Flávio Aristone - capacitação.
Atualmente, o projeto tem um cardápio com 40 produtos baseando-se em farinhas, polpas e derivados de bocaiuva, como bolos, pães, biscoitos, rocamboles, brigadeiros, beijinhos e geladinha gourmet. Atualmente, os produtos são comercializados por todo o Brasil e exterior.
Depois de comercializados os produtos, a distribuição da renda é feita da seguinte forma: 40% para o coletador e 60% para o projeto. Importante destacar que, esse projeto contribui também para o processo de inclusão de pessoas com deficiência com a comunidade.