Teodoro Cabalheiro Filho, 53 anos, comprou o carro dois dias antes de desaparecer e ser encontrado morto, em Campo Grande. O Chevrolet Prisma preto ainda não foi encontrado pela polícia, assim como o celular e a carteira. A primeira linha de investigação é latrocínio, roubo seguido de morte, mas a família afirma que se trata de crime de homofobia.
A informação foi dada pelo irmão de Teodoro, que conversou com o site Campo Grande News durante a despedida da vítima, na manhã desta terça-feira (24). O homem, de 62 anos, contou sobre momentos que antecederam o desaparecimento e morte de Teodoro, que trabalhava como porteiro.
Segundo ele, a vítima comprou o carro na sexta-feira (20). “No domingo, ele estava com amigos em um pagode na Avenida Tamandaré. Os amigos notaram que ele estava recebendo mensagens e ligações constantes. Porém, ninguém sabe quem entrava em contato”, diz o irmão. Naquela noite, ele desapareceu.
Já na segunda-feira (23), a família foi comunicada sobre o achado do corpo, em frente a uma chácara no Bairro Mata do Segredo. Teodoro estava seminu e com uma peça íntima próxima ao corpo. “Fizeram essa crueldade com ele”, lamenta o familiar.
O irmão disse que o resultado da perícia atestou que ele foi envenenado, enforcado e agredido. “Ele não merecia ter passado por isso. Agora a gente está aqui com o caixão lacrado e não pode nem dar o último adeus olhando para ele. Tenho certeza que se a polícia conseguir interceptar quais ligações eram essas, vão conseguir descobrir quem matou”.
A mãe de Teodoro estava bastante abalada no velório. Ela usou as redes sociais para lamentar a morte do filho. “Foi muita crueldade o que fizeram com meu filho, não merecia isso”, disse a idosa em uma publicação no Facebook. O sepultamento da vítima será às 14h, no cemitério Santo Amaro.
A DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) informou que já investiga o caso e procura pelo veículo da vítima.