Nova FM 103.5MHz

Policial

Paciente morre após ser torturado em clínica evangélica de reabilitação

O funcionário foi preso em flagrante pelo crime de tortura

Paciente morre após ser torturado em clínica evangélica de reabilitação
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Um paciente de 56 anos morreu após ser espancado em uma clínica evangélica de reabilitação para dependentes químicos em Cotia, na Grande São Paulo. O principal suspeito do crime é Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, funcionário da Comunidade Terapêutica Efatá, que pertence ao pastor Cléber Fabiano da Silva.

A clínica, cujo nome é um termo em aramaico usado por Jesus para curar um paciente, recebe pastores para palestras sobre dependência química e tinha cultos evangélicos como parte da rotina de tratamento.

O funcionário foi preso em flagrante pelo crime de tortura. “O Matheus trabalhava como terapeuta, mas não tinha habilitação nenhuma para exercer a função”, afirmou o delegado Adair Marques Correa Junior, da Delegacia Central de Cotia.

O Pastor Cleber, responsável pela clínica, declarou que o estabelecimento não tem histórico de violência e que soube da agressão apenas após ver os hematomas na vítima. “Eu fiquei sabendo a partir do momento que a gente viu ele caído com os hematomas. Foram passados relatos anônimos de que o Matheus agrediu o paciente”, disse em entrevista a TV Bandeirantes.

A vítima, identificada como Jarmo Celestino de Santana, foi levada ao Pronto-Socorro de Vargem Grande Paulista, mas não resistiu aos ferimentos. Fotos mostram Jarmo com vários hematomas no corpo com as mãos amarradas para trás, preso a uma cadeira no momento das agressões.

“Eles levaram o rapaz ao pronto-socorro porque, segundo eles, o paciente passou mal durante a manhã. Encontraram ele desacordado no quarto e socorreram ele”, explicou o delegado.

A Guarda Civil Municipal foi acionada e, segundo o boletim de ocorrência, dois funcionários da comunidade terapêutica que levaram a vítima ao pronto-socorro contaram que Jarmo teria sido agredido dentro da clínica.

A Polícia Civil teve acesso a um áudio em que Matheus teria confessado a agressão. “Cobri no cacete, chegou aqui na unidade, pagar de brabo… cobri no pau. Tô com a mão toda inchada”, disse o suspeito em uma mensagem de voz, em posse da polícia.

Veja também