O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o 1º foco de gripe aviária em Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (18). De acordo com a nota do ministério, a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – H5N1) foi feita em uma criação de aves domésticas de subsistência em Bonito.
O Mapa explica que as medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região.
“Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco”, frisa o Ministério.
Segundo o Mapa, a ocorrência da gripe aviária em Mato Grosso do Sul não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas, já que o vírus foi identificado em uma ave de substância. “O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, complementa o Ministério.
Conforme comunicado do Mapa, o caso registrado em Mato Grosso do Sul é o o terceiro especificamente em aves de subsistência detectado no Brasil.
Na sexta-feira (15), o Brasil bateu o número de 100 focos confirmados. Agora, nesta segunda, os dados atualizados apontavam 103 casos de gripe aviária no país.
“O Mapa segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro da doença na produção comercial”, destaca o Ministério.
A reportagem entrou em contato com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), que diz estar ciente do caso, mas não divulgou outras informações. A Prefeitura de Bonito também informou que sabe do foco e atua junto ao Governo do Estado e Secretaria Municipal de Saúde.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reforçou o monitoramento realizado pelo Ministério da Agricultura. Para a ABPA, a biossegurança é o melhor caminho para a segurança.
“Ao mesmo tempo, reitera as recomendações já feitas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária: em qualquer situação de suspeita da enfermidade, não toque no animal e acione imediatamente o serviço veterinário mais próximo”, emitiu o alerta a ABPA.