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Justiça nega pedido do MPMS por nova prisão de policiais envolvidos em morte de ex-vereador

Os policiais estavam presos desde a época do homicídio

Justiça nega pedido do MPMS por nova prisão de policiais envolvidos em morte de ex-vereador
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Justiça negou pedido do MPMS (Ministério Público Estadual) por nova prisão dos dois policiais militares acusados de matar a tiros o ex-vereador Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital, em Anastácio. Os militares foram soltos no dia 19 deste mês.

O pedido foi feito nesta terça-feira (26), quando o MPMS alegou sobre a gravidade do fato ocorrido. “Ante a gravidade concreta do delito, não havendo que se falar em prisão baseada meramente na gravidade abstrata do delito”; “O ‘fumus comissi delicti’ consubstancia-se nos elementos informativos e provas carreados aos autos da ação penal”, diz parte do pedido.

“Devido à urgência que o caso reclama, com o escopo de emprestar efeito suspensivo ativo ao Recurso em Sentido Estrito interposto nos autos, suspendendo-se os efeitos da decisão objurgada, bem como de DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA de VALDECI ALEXANDRE RICARDO DA SILVA e BRUNO CÉSAR MALHEIROS DOS SANTOS”, pede o MPMS.

Mas o desembargador Lúcio da Silveira negou o pedido para que os policiais fossem presos novamente. “Em suma, a nosso sentir, não vislumbramos, por ora, um dos pressupostos da medida, consubstanciado na ausência de perigo de dano iminente, impondo-se, dessarte, o indeferimento do pedido liminar”, diz a decisão do magistrado.

A soltura foi determinada no início da tarde do dia 19 deste mês pela juíza em substituição legal da 1ª Vara da Comarca de Anastácio, Kelly Gaspar Duarte. Tal decisão ocorre após os advogados de defesa Lucas Arguelho Rocha e Luciano Albuquerque Silva entrarem com o pedido de revogação da prisão.

O ex-vereador se envolveu em uma briga em uma festa que aconteceu em uma chácara no dia 8 de maio deste ano e estaria armado. Na ocasião, disparos de arma de fogo atingiram Dinho, que morreu no local. Os policiais acusados estavam de folga no dia dos fatos, mas a defesa alegou legítima defesa.

Os policiais estavam presos desde a época do homicídio, há quase seis meses. Em outubro, houve o interrogatório dos militares, durante a terceira audiência de instrução e julgamento do caso, quando testemunhas que estavam no dia da confusão também prestaram esclarecimentos no Fórum de Anastácio. No dia da audiência, familiares e amigos dos policiais realizaram uma manifestação pedindo pela liberdade da dupla.

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