Proprietários rurais do Pantanal de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso que tiveram suas propriedades impactadas por incêndios florestais têm agora condições diferenciadas para obter crédito junto ao FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para recuperação econômica e ambiental de suas áreas.
A medida foi aprovada) em reunião ordinária do Condel (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste), órgão gestor da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste).
O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, representou o governador Eduardo Riedel na reunião do Condel. Também participaram o coordenador de Competitividade Empresarial da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Augusto de Castro, e o analista técnico da Semadesc, Edson Izé.
“Estamos comprometidos em apoiar o Pantanal e os produtores rurais que enfrentam os desafios das queimadas e estiagem. As propostas discutidas na reunião do Condel visam trazer soluções concretas, como financiamentos mais acessíveis e prazos estendidos, para que possam se reerguer e continuar suas atividades de forma sustentável”, comentou Barbosinha.
As condições diferenciadas de crédito do FCO para proprietários rurais do Pantanal já haviam sido validadas em reunião do pré-Condel, juntamente com a Sudeco, governos estaduais do Centro-Oeste, Banco do Brasil e representação do setor produtivo.
“Esse é um recurso fundamental para que os proprietários rurais do Pantanal, que sofreram prejuízos em suas propriedades devido aos incêndios, possam recompor cercas, fazer o replantio de pastagens, além de assegurar a retenção de matrizes, beneficiando a pecuária, especialmente na produção de bezerros, que é relevante para a economia local”, lembrou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
Agora, o Banco do Brasil, principal operador do FCO, juntamente com a Sudeco, devem realizar as adequações necessárias para que os proprietários rurais pantaneiros possam apresentar suas cartas-consulta de financiamento. Para ter acesso a essa linha de crédito especial, os interessados devem comprovar que suas propriedades sofreram danos significativos devido aos incêndios florestais.
O financiamento abrange investimentos em recuperação de pastagens, infraestrutura rural, compra de insumos e outras atividades necessárias para a retomada da produção. “Os prazos e as condições de pagamento são bastante atrativos, com taxas em média de 6% ao ano, compatíveis com as condições de mercado”, reforça o secretário Jaime Verruck.
Os beneficiários podem contar com um prazo de até 12 anos para quitar o financiamento, incluindo um período de carência de até três anos. As taxas de juros para essa linha especial são subsidiadas. A variação das taxas depende do enquadramento do produtor, que pode se classificar como mini ou pequeno produtor, ou ainda como médio ou grande. Além disso, o financiamento pode cobrir até 100% do valor necessário para a recuperação das áreas afetadas, sem a exigência de contrapartida financeira por parte do beneficiário.