Em Corumbá, na sexta-feira (25), um paciente de 27 anos recebeu o diagnóstico da doença Mpox. As informações são do CIEVS-Fronteira (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde na Fronteira), que deu ainda mais detalhes sobre o estado do jovem.
Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), até agora existem 10 casos confirmados da doença em Mato Grosso do Sul, sendo 7 em Campo Grande, 3 em Ponta Porã e 1 em Corumbá, segundo aponta o MAIS (Monitor de Apoio às Informações em Saúde).
Conforme o CIEVS-fronteira, o homem passou por testes rápidos, como HIV, HB e sífilis, e todos apresentaram resultados negativos. O contágio também foi tema abordado no atendimento e o paciente diz desconhecer a fonte da doença, pois não viajou nos últimos 30 dias.
O MAIS contabilizou que dos 57 casos notificados, 47 foram descartados para a Mpox. Ainda em apuração, foi identificado que 90% dos casos notificados para a doença são de homens, sendo 40% na faixa dos 30 aos 39 anos, e a maioria, 66%, desconhece a fonte do contágio.
Para conter o avanço da Mpox, o paciente está em isolamento domiciliar e realiza tratamento apenas sintomático.
Mpox
Mpox é uma doença zoonótica viral e a única forma de contrair o vírus é por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados.
Em Mato Grosso do Sul, até então os últimos casos haviam sido registrados no mês de agosto. Os dois pacientes, de 31 e 26 anos, são de Ponta Porã.
Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o primeiro paciente havia viajado para Brasília e logo após apresentou os sintomas. O outro caso foi gerado através do contato com esse primeiro.
Grupo de risco
Ainda conforme a secretaria, fazem parte do grupo de risco pessoas vivendo com HIV/aids, com idade igual ou superior a 18 anos, e profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), na faixa etária de 18 a 49 anos.
Também pessoas em pós-exposição de indivíduos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, casos prováveis ou confirmados para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde, mediante avaliação da vigilância local.
Essas pessoas também entram com preferência na lista de imunização.