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Com perna amputada, ladrão que teve furto frustrado em salão de beleza pede pensão de R$ 2,5 mil

Ele teve a perna amputada, mas continuou no crime e foi preso nesta terça

Com perna amputada, ladrão que teve furto frustrado em salão de beleza pede pensão de R$ 2,5 mil
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Um dos ladrões presos nesta terça-feira (5) e que furtou salão de beleza na rua Rui Barbosa na madrugada de segunda-feira (4), conforme mostram as imagens do crime, usava muletas devido ter a perna amputada. Ao verem o vídeo, diversos leitores entraram em contato com a reportagem afirmando saber de quem se tratavam. Entre eles, um vigilante que é processado por ter dado o tiro que deixou o autor sem uma das pernas.

Cristiano Christaldo dos Santos, 38 anos, e sua parceira, de nome social Mel, chamaram um carro de aplicativo para transportarem os objetos furtados, e outros tantos profissionais que trabalham como motoristas dessas plataformas também enviaram mensagens informando que já foram vítimas da dupla.

No caso do vigilante, Roberto Alves Duarte, a juíza Vânia de Paula Arantes, da 3ª Vara Cível Residual, indeferiu pedido da defesa de Cristiano Christaldo para que pensão mensal no valor de R$ 2,5 mil fosse concedida em regime de urgência, mesmo ele afirmando que ficou impossibilitado de trabalhar depois de ter a perna amputada. Ele ainda pede indenização por danos morais de R$ 150 mil do vigilante e da empresa na qual este trabalha.

Segundo a magistrada, não é possível conceder o pedido sem ouvir a parte contrária e também, que “pela documentação anexada, não se pode aferir, de plano, a alegada responsabilidade dos réus”. Cristiano recorreu da decisão, mas o recurso foi negado em segundo grau e audiência foi marcada para que se chegue em acordo.

Entretanto, Cristiano, que informou na ação que trabalhava como pedreiro da obra da qual é acusado de furto, responde por esse crime junto com Mel – assim como deverão passar a responder pelo furto no salão. O inquérito policial que investiga os dois pelo furto na construção, em 11 de setembro de 2022, revela que Roberto fazia segurança de prédio em frente à obra e que viu, durante a madrugada daquela data, idas e vindas do casal com objetos do local.

O vigilante chamou a Polícia Militar por duas vezes, o que foi confirmado pela própria PM, mas em nenhuma delas a dupla foi localizada. Ele ligou, então, para a empresa de vigilância da obra, que encaminhou vigilante para lá, que viu Cristiano dentro da construção e este fez menção de estar armado.

O homem, então, pediu apoio de Roberto, que se aproximou, pediu a Cristiano que pusesse as mãos na cabeça, mas ele correu e fez menção de pegar uma arma. O vigilante, então, atirou no joelho para imobilizar o ladrão, que foi socorrido e acompanhado por escolta até a Santa Casa, mas acabou perdendo a perna.

Motoristas de aplicativo

Três motoristas de aplicativo afirmaram à reportagem terem sido vítimas da dupla. Nenhum deles vai se identificar, mas disseram que os dois sempre vão às bocas de fumo onde compram drogas através das plataformas de carona e que atualmente, são aceitos por apenas uma deles, tendo sido banido de outras duas. “São velhos conhecidos por enganarem os motoristas e roubarem na região”, disse um deles.

Eles moram no começo da rua Antônio Maria Coelho e um dos trabalhadores disse ter sido roubado por eles em julho, quando teve a carteira levada. “Tenho vários amigos que eles deram golpes e foram roubados por eles”, comentou. O motorista disse que conseguiu recuperar seus documentos.

FONTE/CRÉDITOS: JNE

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